AVLA recebe aporte de US$ 25 milhões e investe em expansão no Brasil

25.01.2024 - Fonte: CQCS, com informações do Valor Econômico

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Segundo informações do site Valor Econômico, a insurtech chilena AVLA finalizou uma captação de US$ 25 milhões (cerca de R$ 120 milhões), realizada com aportes dos principais acionistas da seguradora, entre os quais o German DFI DEG – Deutsche Investitions- und Entwicklungsgesellschaft, subsidiária do banco de desenvolvimento alemão KfW; Creation Investments, gestora de investimentos de impacto sediada em Chicago; e Altra, firma de private colombiana. A Companhia diz que os recursos serão utilizados para dar suporte aos planos de expansão do grupo, que atua no Chile, Brasil, México, Peru e EUA.

O fundador e CEO da AVLA, Ignácio Álamos, destaca as perspectivas da Companhia. “Temos o objetivo de atingir 150 mil clientes de pequenas e médias empresas e gerar receitas de US$ 350 milhões nos próximos anos”, disse. Ainda de acordo com o CEO, as principais apostas recaem sobre os mercados de Brasil e México e na expansão da operação nos EUA, que começou em 2023, no Texas.

Especializada em seguros para pequenas e médias empresas, entre outros produtos, a AVLA oferece seguros garantia, de crédito, imobiliário e de “property and casulaty” (P&C), de linhas não financeiras e seguros patrimoniais. Em 2023, a insurtech registrou uma receita de US$ 150 milhões (cerca de R$ 750 milhões) e conta com uma carteira de 65 mil clientes corporativos. O líder da operação brasileira, Felippe Astrachan, explica que, na América Latina, o mercado mais novo do grupo é o Brasil, onde a AVLA chegou em 2022. “O momento para a expansão é certamente favorável no país”, diz o executivo. “No caso do seguro garantia, estamos na fronteira de uma grande transformação, pelo menos, na parte de licitações”, pontua.

Astrachan também prevê um ano positivo no segmento de crédito. “O advento da crise da Americanas foi um grande teste para o seguro de crédito. Mas, apesar do momento difícil, o mercado viu a relevância do produto e, no fim, foi importante para aumentar a demanda. Nós, por exemplo, temos fechado negócios com companhias que não conhecíamos. É um momento de surfar a onda de aumento do conhecimento sobre o produto.”, disse.

O líder da AVLA no Brasil acredita que com o potencial de expansão nos segmentos corporativos, a operação local pode superar a chilena nos próximos dois anos. “A operação no Chile é a maior, representando metade do faturamento. Em 2024, eventualmente, temos uma meta bastante desafiadora e queremos estar ou próximos do tamanho do Chile ou, com sorte, tentar ser a maior operação do grupo. Se isso não ocorrer em 2024, creio que o Brasil vai se tornar a maior operação da AVLA no ano seguinte.”, afirmou.

Felippe Astrachan ressalta ainda que uma das apostas da AVLA é a utilização de análise de dados, aprendizado de máquina e inteligência artificial nos processos de avaliação de riscos e subscrição. “Já tínhamos um processo inteligente de tomada de riscos muito antes do boom de IA. Já usamos ferramentas de IA e machine learning para atender nossos clientes desde o início das nossas operações em 2014”, acrescenta.

Conforme o executivo, com as novas tecnologias associadas a IA, a AVLA dobra a aposta na tecnologia e segue investindo para termos soluções e modelos de subscrição ainda mais sofisticados. De acordo com o especialista, o uso das ferramentas de aprendizado de máquina, análise de dados e IA tem tido “efeito substancial na redução de sinistralidade”.

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