Cheia histórica eleva demanda em assistências de eletroeletrônicos no RS

01.08.2024 - Fonte: Seguro Gaúcho | Andréia Pires

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A cheia histórica que assolou o Rio Grande do Sul em maio de 2024 trouxe não apenas perdas humanas e materiais, mas também um aumento significativo na demanda por serviços de assistência técnica de eletroeletrônicos. Paulo César Leite de Figueiredo, sócio-gerente da Teknoforce Eletroeletrônica, empresa localizada no bairro Navegantes, em Porto Alegre, conversa com o SG, sobre os desafios enfrentados durante esse período crítico.

"A enchente nos forçou a fechar por 30 dias, seguidos de mais 10 dias para limpeza e fechamento. Assim que voltamos às atividades, enfrentamos uma demanda muito grande, pois muitos clientes seguraram as máquinas para trazer pra nós, que somos parceiros. Além disso, recebemos muitas máquinas que foram atingidas pela água”, recorda.

Prejuízos acumulados

Um dos maiores desafios enfrentados pelas pessoas atingidas, segundo o gerente, foi a falta de garantias ou seguros para cobrir os danos causados pela enchente. “A maioria dos proprietários de equipamentos atingidos não tinha garantia ou alguma ajuda para fazer os reparos. E, para poderem retornar ao trabalho, tiveram que tirar do próprio bolso os recursos”, explicou. Apesar desta situação, ocorreram alguns casos em que os custos de manutenção foram cobertos, através de um programa oferecido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. "Temos conhecimento de alguns casos em que o SEBRAE cobriu os custos de manutenção,” acrescenta Figueiredo, que destaca impressoras, monitores e notebooks, como os itens mais danificados pela água.

Para aqueles que não possuíam seguro, os custos dos consertos variaram. "O valor alterna muito, mas em geral, os computadores foram recuperados a um custo em torno de R$300,00, nobreaks em torno de R$ 150,00. Já impressoras, quase todos os que tinham conserto foram recusados pelo alto custo," acrescentou Paulo, sobre a opção de muitos clientes por substituir produtos ao invés de repará-los. O principal problema, segundo o empresário, causado pelos alagamentos nos equipamentos de residências e empresas foi a corrosão nas partes metálicas e nos curtos-circuitos.

Para atender à alta demanda, a Teknoforce teve que adotar um cronograma planejado e operar também nos finais da semana, superando as próprias adversidades impostas pela tragédia climática. Assim, a empresa não apenas superou os desafios iniciais, mas também se adaptou rapidamente para atender às necessidades de seus clientes.

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