Inteligência artificial e seguros é tema de painel na Cidade da Advocacia

20.08.2024 - Fonte: Seguro Gaúcho

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Estimulando a pluralidade de conhecimentos e o debate de ideias foi realizado o evento Cidade da Advocacia da OAB/RS, de 13 a 17 de agosto, no espaço Multiverso do Cais Embarcadero e no Cais Mauá, em Porto Alegre (RS). A atividade abordou temáticas importantes e significativas relacionadas ao Direito e ao universo dos advogados. E na tarde de sexta-feira, 16 de agosto, o Direito Securitário foi pauta do encontro ao promover o painel “Inteligência Artificial e Seguros”. O tema foi abordado por dois painelistas: o diretor de qualidade da Expermed, Guilherme Bonachescki; e a advogada, Maria da Glória Faria. A mediação do encontro foi realizada pelo presidente da Comissão Especial de Seguros e Previdência Complementar da OAB/RS, Ricardo Villar, e pela vice-presidente da mesma Comissão, Níris Cunha.

Maria da Glória abordou a legalização da inteligência artificial que está sendo realizada através do Projeto de Lei 2338/2023, que já recebeu quase 150 emendas. A advogada salientou que é de grande importância que exista uma lei que regulamente a nova tecnologia.

Ela informou que projeto de lei é inspirado na lei da União Europeia, sendo composto de grande número de artigos que abrange vários aspectos e questões, como ocorrência e responsabilidade. “Acredito que teremos uma lei bastante eficiente”, disse Maria da Glória. Para a advogada, a grande preocupação está relacionada a fiscalização: “é importante que essa regulamentação venha criar bases e limites para que o lado positivo da inteligência artificial se sobressaia”.

Em sua explanação, o diretor de qualidade da Expermed fez uma correlação entre a interferência e o impacto da inteligência artificial no setor de seguros, que até 2030 tem como previsão atingir 10% do PIB, já que existe um grandioso potencial tecnológico para ser atingido. Cerca de 70% da frota de veículos que roda nas cidades não está coberta. Os seguros de vida e do agronegócio têm muito a crescer. Diante dessa realidade, o painelista apresentou soluções que a inteligência artificial possibilitará, como customização de apólices, precificação mais ajustada e agilidade nos atendimentos ao segurado e ao corretor. “Por intermédio de ferramentas e plataformas a inteligência artificial possibilita, em toda a jornada do cliente, uma tomada de decisões mais assertivas e corretas em um menor curso de tempo”, explicou Bonachescki.

Os mediadores

Na opinião de Níris Cunha, seguros e inteligência artificial andam juntos e para analisar esse tema convidamos dois profissionais de grande conhecimento e experiência no mercado: “a Glória Faria pertence ao grupo de inovação e novas tecnologias da AIDA e tem amplo conhecimento para abordar questões de legislação, União Europeia, e trouxe a menção sobre o que é o novo projeto de lei de inteligência artificial para o Brasil”. Níris explicou que Bonachescki procurou compartilhar no evento a experiência de sua empresa que faz uso da inteligência artificial: “ele fez um panorama mostrando a contribuição da tecnologia para diversas áreas do mercado de seguros”.

Já Ricardo Villar enalteceu a temática escolhida, bem como os painelistas, pois em sua avaliação a inteligência artificial está mostrando-se presente em várias áreas do setor de seguros. O advogado ponderou que devido ao fato de o seguro ser bastante voltado ao risco, quanto melhor for possível quantificar e/ou identificar quais os riscos desejam ser cobertos para os segurados, mais adequada será a precificação. “Atualmente isso é muito mais possível com a inteligência artificial, que auxilia significativamente em diversos tipos de seguros, como automóvel, vida, residencial e até nas perícias. Entretanto, temos que discutir o que essa tecnologia tem de bom com os efeitos colaterais que ela pode causar”, ressaltou Villar.

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