Teste do primeiro drone de combate brasileiro pode impulsionar a criação de novas apólices de seguros

14.08.2024 - Fonte: Insurtalks

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O Brasil tem avançado bastante no desenvolvimento de tecnologia militar e uma prova disso é o anúncio de que o país deve testar seu primeiro drone de combate em 2025. Desenvolvido por uma fornecedora do Exército, o drone Nauru 1000C representa um salto em termos de modernização e autonomia para as Forças Armadas. Atualmente, o arsenal das Forças Armadas brasileiras conta com cinco modelos de drones destinados exclusivamente ao monitoramento, incluindo o Nauru 1000C.

Como funciona o projeto

O que o projeto prevê é que o Nauru 1000C seja equipado com dois mísseis Enforcer Air, desenvolvidos pela empresa europeia MBDA. Esses mísseis são destinados a atacar veículos com blindagem leve a uma distância de até 8 km.

Até o momento, a empresa realizou testes com protótipos para simular a integração das armas na aeronave e analisar seus efeitos na dinâmica e estabilidade do drone. A integração final e o primeiro disparo de míssil por um drone brasileiro estão previstos para 2025.

Traficantes têm utilizado drones para monitorar áreas e lançar granadas em comunidades rivais

Enquanto o desenvolvimento de drones de combate pelo Exército Brasileiro representa uma evolução tecnológica importante, a notícia de que a Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o uso de drones por criminosos lança luz sobre um problema grave na segurança pública. Traficantes no Complexo de Israel e no Quitungo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, têm utilizado drones para monitorar áreas e lançar granadas em comunidades rivais. Imagens gravadas pelos criminosos mostram drones sendo usados para monitorar alvos antes de lançar explosivos, revelando uma nova ameaça que exige uma resposta eficaz das autoridades.

É preciso desenvolver novas estratégias e investir em tecnologias de detecção e neutralização de drones

Essa nova tática criminosa representa um desafio complexo para as forças de segurança, que precisam desenvolver novas estratégias e investir em tecnologias de detecção e neutralização de drones. A capacidade desses dispositivos de operar de forma discreta e ágil dificulta a interceptação, aumentando a complexidade das operações policiais. O impacto na população, especialmente em áreas já afetadas pela violência, é profundo, aumentando a sensação de insegurança e medo entre os moradores.

Já existe um seguro obrigatório para uso profissional ou comercial de drones

O seguro Reta (Responsabilidades do Explorador ou Transportador Aéreo) é obrigatório para quem usa o drone para fins profissionais ou comerciais. O seguro Reta foi criado em 2017 e trata-se de um seguro de responsabilidade civil de transporte aéreo que é utilizado para garantir cobertura aos danos pessoais e materiais que possam ser causados a terceiros pelo equipamento enquanto está em uso. No entanto,é importante ressaltar que o seguro Reta tem a previsão de indenizar terceiros, mas não cobre o equipamento em si.

O uso de drones por militares e criminosos pode ter diversas repercussões no mercado de seguros brasileiro

Além das implicações diretas para a segurança pública e nacional, o uso de drones, tanto pelo setor militar quanto por criminosos, pode ter diversas repercussões no mercado de seguros no Brasil. O desenvolvimento e o uso de drones de combate e outras tecnologias avançadas exigem que empresas e instituições procurem seguros específicos. Isso abre possibilidades para que o mercado crie e invista em apólices voltadas para novas situações de uso dos drones. As seguradoras podem desenvolver produtos especializados para cobrir riscos associados a drones, incluindo roubo de dados e responsabilidade por danos causados durante testes e operações específicas.

Seguros que cubram infraestruturas críticas

A ameaça de drones usados por criminosos para lançar granadas ou realizar atividades de vigilância clandestina pode levar a um aumento na demanda por seguros que cubram infraestruturas críticas. Fábricas, aeroportos, instalações governamentais e grandes eventos podem precisar de seguros que ofereçam cobertura contra ataques com drones. Isso incluiria danos físicos, interrupção de negócios e custos adicionais de segurança.

Seguros que cubram a reconstrução de propriedades e despesas médicas decorrentes de incidentes criminosos em áreas vulneráveis

Comunidades e áreas urbanas mais vulneráveis ao uso criminoso de drones também podem necessitar de seguros personalizados que ofereçam proteção contra danos materiais e pessoais causados por esses ataques. As seguradoras podem criar produtos específicos para cobrir a reconstrução de propriedades e despesas médicas decorrentes de tais incidentes, proporcionando um apoio essencial às vítimas.

Investimento em serviços de consultoria e avaliação de riscos relacionados ao uso de drones

Para atender a essas novas demandas, as seguradoras precisarão investir em serviços de consultoria e avaliação de riscos relacionados ao uso de drones. Isso inclui ajudar os clientes a identificar vulnerabilidades, implementar medidas de segurança eficazes e entender melhor os riscos associados ao uso de drones. A consultoria especializada pode ser um diferencial importante no mercado de seguros, oferecendo soluções personalizadas e eficazes.

Situações que requerem apólices de seguros específicas que fortaleçam a gama de proteção necessária

A integração de drones armados no arsenal militar aumenta a capacidade defensiva do país, mas também exige uma rede de proteção para os riscos associados. A segurança pública, por outro lado, precisa de estratégias eficazes para combater o uso ilícito de drones, protegendo comunidades vulneráveis e garantindo a segurança dos cidadãos. Em ambas as situações, cabe envolver apólices de seguros para fortalecer a gama de proteção necessária.

Assim, o avanço tecnológico no uso de drones, seja para fins militares ou como artefato criminoso, traz implicações para a segurança pública e o mercado de seguros no Brasil. Por isso, as seguradoras devem estar preparadas para desenvolver produtos inovadores que cubram uma ampla gama de riscos associados a essas tecnologias, enquanto as autoridades precisam de estratégias eficazes para enfrentar as novas ameaças.

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