Vice-presidente Mauro Frogel fala sobre o centenário do SindSeg PR/MS

26.08.2024 - Fonte: Seguro Catarinense l Andréia Pires

Mauro

O Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul, vem realizando uma série de eventos alusivos ao seu aniversário de 100 anos, comemorado no dia 28 de agosto. As ações desenvolvidas incluem a apresentação da nova identidade gráfica do sindicato, realização do ciclo de palestras, lançamento do livro dos 100 anos e do selo comemorativo dos Correios, além de exposições sobre seguros pelo interior, e o grande evento de aniversário na próxima quinta-feira, 29, que marca o termino das celebrações.

Como forma de homenagear a entidade pela passagem do seu centenário, o Seguro Catarinense convidou o vice-presidente, Mauro Frogel, para falar sobre o protagonismo do SindSeg em muitas das transformações vividas pelo mercado nas últimas dez décadas. Confira a entrevista com o executivo que é Superintendente Comercial da Região Sul e do Canal Digital da Junto Seguros:

SC: Como iniciou sua trajetória no mercado de seguros?

Frogel: Minha atuação no mercado de seguros teve início em 2008, quando na época, tendo recém-iniciado a graduação em Administração, surgiu uma oportunidade de estágio na antecessora da Junto, a JMalucelli Seguradora. Foi neste empresa que começou minha trajetória no setor, que em breve completa 17 anos. Naveguei inicialmente pela área de subscrição de riscos, que foi uma escola muito boa, já que me permitiu aprender muito sobre este universo. Numa função técnica temos a oportunidade de conhecer o funcionamento e o dinamismo do segmento de seguros, desde como se estrutura um risco para a tomada de decisão até cálculos atuariais. Experiência que faz toda diferença na hora de assessorar nossos parceiros corretores e construir soluções que façam sentido para os clientes das seguradoras.

SC: Cite 2 mudanças que você considera fundamentais e significativas no segmento nos últimos anos.

Frogel: Entre as duas mudanças que eu destaco como significativas para o mercado segurador, a primeira delas é o avanço tecnológico que afeta diversos ramos do setor, não apenas na forma de atuação, mas no desenvolvimento das corretoras que avançam no conceito de tecnologias com APPs e ferramentas de multicálculos, que dão mais celeridade para o segmento. Assim, como as próprias seguradoras evoluem em soluções com inteligência artificial para análise de riscos, regulações de sinistros e vistoria em veículos, entre outros, trazendo segurança para corretores, clientes e seguradoras. Como segundo ponto eu trago as mudanças regulatórias, normativas e legislativas que aconteceram e vem acontecendo, dando clareza ao segurado quanto aos benefícios que um produto de seguros traz para o dia a dia, fortalecendo a cadeia e consequentemente alavancando as vendas.

SC: Como é fazer parte de uma instituição centenária?

Frogel: É motivo de muita honra e orgulho integrar o corpo diretivo do sindicato no ano que ele completa seu centenário. A entidade é uma das instituições mais longevas do país, que agregou e agrega um valor imenso para cultura de seguro do mercado paranaense, para a sociedade sul-mato-grossense e brasileira também. Então, é impossível não se orgulhar quando a gente avalia o que foi construído até o momento, a proximidade com organizações sérias, coirmãs que compõem todo o ecossistema do mercado segurador e que beneficia de forma direta e indireta nossa população e nossa economia. Afinal o seguro é isso: trazer proteção, mitigar riscos, proteger pessoas e patrimônios.

SC: Quais vivências dentro da Junto Seguros você leva para o SindSeg e vice-versa?

Frogel: Seja na Junto Seguros, seja no SindSeg, algo que eu tento aplicar onde estou é estar perto de pessoas. Estar perto de forma ativa, ouvindo elas, entendendo quais são as ideias que elas possuem, valorizando suas atividades, dando conselhos e também, naturalmente, estando aberto para aprender, independente do conhecimento que a gente tem. Cada dia é uma oportunidade que nós temos ao conviver com pessoas, de não só apoia-las, mas especialmente de aprender algo com elas e fazer algo diferente. Afinal, são as pessoas que movimentam os negócios! E isso é algo que eu levo para as duas instituições que hoje eu represento. Um outro ponto muito importante está relacionado a processo e tecnologia, uma vez que processos bem ajustados, que precisam ser reavaliados constantemente, junto com tecnologia para automatizar tudo aquilo que é necessário, não tiram o valor das pessoas. Tudo isso porque o nosso negócio, o mundo de seguros, é um mundo consultivo. Quando a gente usa a tecnologia e os bons processos como um meio para que possamos escalar nossos produtos e o ramo de seguros no nosso país, estamos caminhando para o lado certo e eu sempre tento olhar muito para estas verticais em ambos os lugares, para que possamos avançar de forma consistente, respeitosa e duradoura.

SC: Na tua opinião, o que as seguradoras podem esperar do mercado de seguros nos próximos anos?

Frogel: Na minha visão o que o mercado das seguradoras pode esperar para o próximo ano é o crescimento e o desenvolvimento do setor fortalecido por uma série de mudanças tecnológicas legais, como por exemplo, o PL referente ao marco dos seguros, o próprio plano de desenvolvimento do setor. Quando a gente fala aqui, relacionado ao PDMS que tem até 2030, o objetivo de fazer com que o mercado segurador, a geração de receitas, tenha um importante percentual no PIB brasileiro. Então é natural que o mercado avance, continue entendendo a importância dos seguros cada vez mais, para que a gente consiga a partir disso, trazer mais proteção para as pessoas físicas e jurídicas. E, naturalmente movimentando a cadeia de modo geral, não só o mercado de seguros, no papel das seguradoras, mas os nossos parceiros corretores movimentando mais empregos no nosso país. Estes marcos que vem pela frente e o próprio avanço da tecnologia, que é algo que vem sendo cada vez mais relevante, vão nos levar a um patamar de crescimento e de desenvolvimento jamais visto antes. Diante disso, as seguradoras e os corretores precisam estar preparados para atender, não apenas com conhecimento de negócio, mas também com uma cabeça mais inovadora, buscando cada vez mais soluções que de fato agreguem valor para a população brasileira.


Foto: Julio Filho

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