Qual seguro o time de ginástica do Brasil não pode viver sem?
02.08.2024 - Fonte: Azos
Por Rafael Cló
A vida de uma atleta profissional não é fácil.
Tem a parte física, com a rotina de treinamentos rigorosos que levam o corpo ao limite. O risco de lesão é sempre alto e contribui para o estresse mental inerente à profissão. Além disso, tem a pressão diária – muitas vezes auto imposta – por um desempenho de alto nível e em evolução constante. Tudo isso vem acompanhado dos olhos atentos do público e da mídia, pressionando a saúde mental do atleta e contribuindo com outros desafios emocionais, como a ansiedade e o esgotamento.
Convivo com uma ex-atleta que viveu o drama e os altos e baixos desse caminho maluco da carreira esportiva. Minha esposa foi uma dessas super atletas na adolescência. Com 15 anos, viajou com a seleção sub-18 de futebol dos Estados Unidos para um torneio na Itália. Era uma promessa. No ano seguinte, se machucou gravemente duas vezes, fraturou os dois pés e perdeu a bolsa universitária que cobriria integralmente os custos da sua graduação. Acabou seguindo para outra universidade e, depois de alguns anos, abandonou o esporte precocemente. É comovente vê-la refletindo sobre os sacrifícios, as demandas e as frustrações da vida de atleta, que por vezes vieram acompanhadas de histórias de companheirismo, superação e celebrações. Acho que só quem tentou ser sabe de fato como é.
Mas e aí, como um bom seguro pode apoiar essa turma na sua trajetória? Para atletas de alto nível, o seguro é fundamental. O comitê olímpico dos Estados Unidos, por exemplo, oferece o “seguro saúde para atletas de elite”, proporcionando acesso a uma rede de médicos de primeira linha e cuidados especializados em todo o país. Além disso, oferece acesso ao “Fundo de Assistência Médica”, que custeia os gastos médicos que não são cobertos pelo seguro tradicional, ajudando os atletas a gerenciar despesas inesperadas relacionadas ao seu treinamento e à competições.
O seguro saúde garante acompanhamento médico e endereça eventuais necessidades de procedimentos cirúrgicos, mas não protege o futuro de uma carreira promissora. Não à toa, vários atletas contratam apólices milionárias para se protegerem de lesões graves. Para proteger suas pernas, Messi contratou uma apólice de €750M e Cristiano Ronaldo uma proteção de £90 milhões de libras. A tenista Venus Williams contratou uma apólice de $15 milhões de dólares para os seus pulsos depois de sofrer com lesões frequentes e Fernando Alonso contratou uma apólice de $13 milhões de dólares para proteger seu dedão.
Todo atleta profissional deveria pensar em proteção, e o seguro invalidez é a solução para diversos tipos de acidentes que podem comprometer seu futuro no esporte. O seguro invalidez por acidente protege contra a perda total do uso de um ou ambos os membros superiores/inferiores; perda no uso de uma das mãos ou do dedão e perda da visão. Lesões graves, como o caso da ginasta Laís Souza, estariam protegidos, sendo que o valor recebido na indenização poderia ser utilizado tanto para ajudar no custeio do tratamento, como para o pagamento das contas do dia a dia.
O seguro não protege o sonho: a capacidade de competir e vencer uma Olimpíada. Essa possibilidade continua existindo somente para quem consegue chegar lá com saúde. Mas se o seguro trouxer para o atleta um pouquinho mais de paz de espírito e tranquilidade, reduzindo qualquer receio de ir além nos treinos ou dar seu máximo nas competições, ele já cumpriu seu papel.