Seguradora HDI investe em subscrição para democratizar o seguro no Brasil

29.06.2023 - Fonte: Sonho Seguro

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Em tempos de acirrada concorrência em seguros, o subscritor de risco ganha ainda mais relevância numa seguradora. Isso porque a subscrição é o cerne do setor de seguros. Afinal, inovação não é apenas criatividade e geração de ideias únicas. Trata-se de identificar necessidades não atendidas e mercados inexplorados e abordá-los, às vezes com soluções não testadas e modelos de negócios não comprovados.

No passado, os subscritores avaliavam manualmente os pedidos de cobertura e tinham mais liberdade para aprovar ou negar a cobertura. Agora, esses profissionais contam com uma preciosa ajuda: os algoritmos. “A precificação de um seguro é importante, mas a subscrição tem um peso relevante na aceitação do risco pelas seguradoras”, explica Igor Di Beo, vice-presidente técnico da HDI Seguros.

Com o algoritmo, os subscritores podem considerar muito mais informações ao avaliar o risco. Quanto mais dados, mais automatizado fica o processo, agilizando a resposta ao corretor e ao cliente. Isso permite que as seguradoras gerenciem melhor seus riscos de sua perspectiva, o que leva a preços melhores para alguns segurados.

“Uma subscrição errada pode comprometer o resultado de uma carteira e isso inibe investimentos ou mesmo a decisão de saída de uma companhia de determinado risco”, pondera o executivo. A desvantagem do ponto de vista da pessoa que procura seguro é que a seguradora está muito menos disposta a olhar para os riscos que estão fora dos limites estritos de seus algoritmos.

“O processo que mescla humanos e máquinas é mais eficiente para todos. Na HDI, a estratégia é usar a nossa equipe de engenheiros de prevenção, oriundos das carteiras da Sompo que adquirimos no ano passado, para lapidar a subscrição de risco”, informa. Os subscritores contam com a ajuda da equipe de engenheiros de prevenção da seguradora Sompo, adquirida pela HDI no ano passado, para aperfeiçoar a análise e para treinar os corretores de seguros. “Com a tecnologia, dados de preenchimento foram automatizados, liberando os profissionais para atuarem como consultores. Desde a organização de um depósito até mesmo o treinamento de uma brigada”, enumera Di Beo.

Já no segmento de pequenas empresas, a HDI prevê disponibilizar os engenheiros para treinar os corretores em gestão de risco. “É um fator cultural importante para as pequenas empresas. Um restaurante, por exemplo, o principal ponto de risco é próximo a coifa. Não posso ter um depósito próximo com forma de isolar o risco de faíscas que podem gerar incêndio. Enquanto os bombeiros estão preocupados com a vida humana, a engenharia de prevenção vai além e busca conscientizar as pessoas sobre a importância de gerenciar riscos e assim proporcionar a continuidade da empresa com a mitigação de acidentes. Quanto menor o risco, menos a empresa vai desembolsar com o seguro”, explica.

Em novos riscos, Di Beo cita como exemplo o segmento de seguro para equipamentos. “Antes o aparelho de tomografia ou de raio X ficavam restritos a uma sala. Hoje, o médico leva o equipamento portátil, que tem um valor elevado, para atender o paciente em casa. Há o risco de roubo e de incidentes, por exemplo, e uma demanda destes profissionais por um seguro”.

A carteira de riscos de equipamentos da HDI tem apresentado boa rentabilidade neste primeiro ano e com isso a tendencia é expandir os itens aceitos e em novas praças. “O interesse dos corretores tem aumentado e isso nos faz avançar neste segmento. Em equipamentos agrícolas, com rápido avanço de tecnologia embarcada, por exemplo, já temos mais de R$ 13 milhões em vendas por mês”, citou.

Com a ajuda de uma subscrição analógica e tecnológica, a estratégia da HDI é ingressar em novos produtos e mercados, diversificando o mix de produtos e apoiando o crescimento dos corretores com a democratização do seguro. Com maior escala, o preço do seguro tende a ficar mais acessível, favorecendo a política do setor de democratizar o acesso ao seguro.

Somente 30% das pequenas e médias empresas têm algum tipo de seguro, embora o setor represente 99,1% das 5,1 milhões das companhias do País. Os dados são de estudos feitos por seguradoras e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Em residência, menos de 15% das residências contam com uma proteção securitária. Apenas 15% da população possui seguro de vida. Menos de 30% da frota de veículos é segurada. O seguro de responsabilidade civil é um risco quase desconhecido. “Temos muitas oportunidades de negócios e a subscrição bem-feita é um pilar importante da nossa estratégia”, finaliza Igor Di Beo.

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